Vivemos numa sociedade fervilhante. Sabemos que temos de estar informados. Sabemos que, por vezes, a informação que nos chega não é a mais factual. E também sabemos que a aposta na literacia mediática é a chave para uma participação em sociedade de forma esclarecida. Hoje em dia, não basta saber apenas ler, escrever e contar. A título de exemplo, elencamos a análise e a comparação como competências necessárias a qualquer pessoa que lide com informação, comente um post numa rede social, ou seja ela mesma uma produtora de informações. Desse modo, já instituições internacionais como a União Europeia ou a ONU começaram a alertar para a necessidade de investimento na área de educação para os media. Partindo desta panorâmica, propomo-nos a aplicar um “programa” de literacia mediática a duas turmas de 12.o ano. Ao nível teórico, abordamos aquilo que a ciência considera ser a literacia mediática, conjugando as visões de vários autores para tal. Olhamos para o enquadramento legislativo, nacional e europeu sobre esta questão, e estabelecemos a relação entre a literacia mediática e o exercício de uma cidadania esclarecida por parte dos mais jovens. Na componente prática, criamos e aplicamos um conjunto de três exercícios que têm como espinha dorsal o Programa de História A, sempre com a finalidade de estimular o pensamento crítico dos estudantes. Finalmente, nas considerações finais desenvolvemos a nossa definição de literacia mediática e sugerimos perspetivas de investigação desta temática.
- : https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/124176
- : José Alberto Marinheiro do Seixo
- : Repositório Institucional Camões